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Carlos Natálio: "David Lynch. "Deixa um vazio difícil de preencher""

Carlos Natálio, professor de história do cinema na Escola de Artes da Universidade Católica do lembra o legado do cineasta David Lynch. Acredita que os filmes que realizou vão ficar na memória.

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Dia Mundial do Cinema

Todos secretamente sabemos que os dias internacionais disto e daquilo, mais do que uma comemoração ou lembrete do que parece importante e acreditamos que não deve ser esquecido, escorregam, de hashtag em hashtag, para uma zona de Black Friday, em que as grandes causas motivam pequenos descontos tão solidários quanto atrativos em pipocas, ramos de flores, peluches, pacotes de escapadinhas insólitas, todo o tipo de bugigangas alusivas e temáticas. O cinema, como não podia deixar de ser, não escapa a esta febre da celebração sem que saibamos muito bem o que estamos exatamente a comemorar. Esta é a primeira questão que se impõe: o que celebra o dia internacional do cinema? A frequência das salas, numa era em que a maior parte de nós vê filmes em casa? A capacidade que o cinema tem de nos emocionar, quando vemos dilemas das nossas vidas ou do nosso tempo a serem projetados contra uma parede?

Seja qual for a pergunta ou a resposta, no que nos diz diretamente respeito, se quisermos que o cinema português continue a existir, a ser capaz de produzir uma cinematografia a que possamos chamar própria, é necessário apoiá-lo. Se ainda há quem se pergunte porque é que vale a pena continuarmos a ter financiamento público numa área que dificilmente poderá garantir, pelo menos diretamente, o retorno financeiro do investimento, o problema – e a questão – não deveria colocar-se no plano económico, mas político.

Nota: Este conteúdo é exclusivo dos assinantes da revista Visão de 6 de novembro de 2024.

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Henrique Manuel Pereira: "“Pátria” de Junqueiro: confissão e contrição de um Povo"

Narrativa dramática, autocrítica de um país em busca de redenção, jogo de espelhos e desfile de espectros, a “Pátria” de Guerra Junqueiro desconstrói uma certa mitologia nacional. Sendo «um desses livros que marcam época no desenvolvimento literário dum povo» e «instante fundamental na evolução morfológica do intelecto português», “Pátria” é, na expressão de Sampaio Bruno, «como que “Os Lusíadas” da decadência». Obra singular na história literária e no imaginário português, “Pátria” terá algo ainda a dizer ao Portugal de hoje.

Remontando a ideia ao traumatismo nacional decorrente do Ultimatum inglês de 11 de Janeiro de 1890, o que viria a ser a “Pátria” começou por chamar-se Portugal no Calvário, enunciador já da íntima relação patriotismo-misticismo. No ano seguinte, na sequência do trágico desfecho do 31 de Janeiro, muda o título para “Agonia” e, pouco antes da publicação, para “Pátria”. Longo e laborioso parêntesis no conjunto da obra junqueiriana, contraria o processo criativo do poeta, sofrendo modificações, cortes, e reescritas no correr do tempo e das circunstâncias, entre 1890 e 1895. 

Nota: Este conteúdo é exclusivo dos assinantes do jornal Observador de 31 de outubro de 2024.

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Escola das Artes inaugura exposição “Dança do Labirinto” de Ricardo Jacinto

A inauguração está agendada para 24 de outubro, pelas 19h00, dia em que também vai ser apresentado o seu segundo disco a solo, para violoncelo, eletrónica, áudio feedback e objetos ressonantes.

“Dança do Labirinto”, de Ricardo Jacinto, é um projeto onde a figura ancestral do labirinto surge como desenho-força para orientar a relação dos muitos corpos, fantasmas e tempos que serão convocados para o seu interior. Uma instalação feita da matéria de muitas músicas, ou talvez, uma dança para um ruído infinito.

Artigo completo disponível no Centro Nacional de Cultura Online.

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