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Mais de 70% dos portugueses têm medo de ir aos hospitais e centros de saúde

As salas de espera vazias tornaram-se um denominador comum a hospitais, centros de saúde e consultórios médicos. Por causa do coronavírus, 74% dos portugueses estão com medo de se deslocar aos serviços de saúde, segundo um inquérito do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica. Pior do que isso, 26% dos inquiridos dizem mesmo que, por causa do novo coronavírus, deixaram de recorrer aos serviços médicos.

Esta falta de comparência tanto pode ter sido motivada pelo medo como pelo adiamento de exames, consultas ou intervenções – a terceira e última parte deste inquérito feito para o PÚBLICO e RTP e que se baseia em perguntas feitas a 1700 pessoas, numa amostra representativa da população, entre os dias 6 e 9 de Abril, não escrutina as razões. Mas permite verificar que, entre as pessoas que dizem pertencer a grupos de risco, sobem para 32% os que deixaram de recorrer ao médico.

Esta debandada ocorre na mesma altura em que 23% da população assume que o seu estado geral de saúde física está pior do que antes da crise sanitária as ter fechado em casa. E, ao contrário do que se poderia pensar, não são os mais idosos a declarar sentirem-se pior do que antes. É entre os jovens com idades entre os 18 e os 24 anos que se concentra a maior percentagem (33%) dos que acusam a deterioração do seu estado de saúde. Nos que têm 65 ou mais anos de idade, refira-se, a proporção desce para os 17%.

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Perfilados de medo

Os números em Portugal da evolução da covid-19 no pós-confinamento podem ser “encorajadores”, como diz o Governo. A progressão de novos infectados mantém-se baixa, a possibilidade de cada novo “positivo” infectar outro, também. Mas o prolongado confinamento exacerbou aquilo que passou a ser, agora, o inimigo número um do regresso a qualquer “novo normal” e da essencial retoma económica: o medo paralisante.

O confinamento foi fácil de instituir porque os portugueses estavam genuinamente aterrorizados. Com uma ou outra excepção, não fizeram como os ingleses, que mal viam uma nesga de sol corriam a encher parques sem qualquer distanciamento social. Os britânicos têm talvez a pior taxa da Europa em número de mortos, e o medo português protegeu-nos. Continua a proteger-nos. Vale a pena lembrar que, antes de existir estado de emergência e de o Governo decretar o confinamento, todos os portugueses que podiam já se tinham autoconfinado. Na verdade, ninguém precisou de ordens.

O problema do medo é que é irracional e paralisante, e a sua velocidade de contágio é muito superior à do vírus. Percebe-se que António Costa, ao ver o PIB contrair-se à volta de 7%, ​ venha para o Chiado apelar a que as pessoas façam compras. Fazer compras é neste momento um desígnio nacional — mas como o fazer se os portugueses se mantêm em modo pânico, com todos os que podem a resistir a sair dos seus casulos particulares? O primeiro-ministro pode bem fazer incursões diárias aos centros de várias cidades portuguesas a apelar à reanimação do comércio local que vai deparar com um monstro que se revelará de mais difícil combate do que a covid-19 — esse medo que transfigurou os nossos hábitos e acabou a transfigurar-nos de um modo radical. Agora sabemos que sabemos confinar-nos; ainda não sabemos que podemos viver normalmente.

O estudo da Universidade Católica que publicamos na edição de hoje mostra de uma forma crua como esse medo é, ele, afinal, “o novo normal”. A ideia de que a esmagadora maioria dos portugueses não tenciona passar as férias fora de casa é um golpe no turismo — sendo que o turismo interno era agora a esperança para que a indústria decisiva não fosse por água abaixo.

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Adiar consultas, ignorar os números, desinfetar "até os cantos das embalagens". A ansiedade na pandemia

A primeira sensação foi de alívio. De repente, as pessoas passaram a ter hábitos idênticos aos dela, desde desinfetar o carrinho das compras, no supermercado, a obrigar terceiros a descalçar os sapatos antes de entrar em casa.

A pandemia legitimou-lhe alguns maneirismos e, da noite para o dia, já não era só ela que torcia o nariz a corrimões de escadas alheias - sentia-se finalmente compreendida. Os cuidados a ter perante um vírus invisível, incluindo o confinamento, vieram "autorizar uma pessoa ansiosa a ficar em casa", diz Catarina Beato.

A blogger, com mais de 70 mil seguidores no Instagram, explica ao Observador que é germofóbica e que já antes da situação pandémica tinha hábitos que, aos olhos de outros, eram excessivos. Se o primeiro confinamento foi de certa forma bem-vindo, a abertura da sociedade no verão passado, com dias marcados por uma maior normalidade, já não foi tão fácil. Catarina e outras pessoas na sua situação "contavam os dias" para o confinamento não acabar. "O nosso drama foi o verão.

Foi uma grande luta para as pessoas que sofrem de ansiedade. Tive de saber andar na rua. Faço parte daquele grupo que nas férias não conseguiu ir a lado nenhum. Estar num hotel ia... gerar imensa ansiedade", garante. A pandemia foi o triunfo do germofóbico, diz ao Observador Isabel Cocheira, psicóloga clínica associada à Associação Portuguesa das Perturbações de Ansiedade (APPA).

A funcionar desde 2019, a chegada da pandemia aumentou a margem de casos de forma significativa, com a psicóloga a recordar a história de uma utente com as mãos em ferida de tanto as desinfetar. "Antes as pessoas faziam pesquisa [de sintomas] no Google, agora isto tomou uma proporção social no sentido em que existem vários alertas. Fala-se constantemente em sintomas como vómitos, diarreia ou febre, o que vem legitimar receios que só existiam antes na esfera individual", explica.

O facto de nos mantermos continuamente alerta durante o dia pode traduzir-se em alterações do sono. "As pessoas estão muito exaustas", assegura Cocheira. Além da pandemia, com a qual convivemos há cerca de um ano, as novas variantes e os hospitais em sobrecarga vêm agravar o sentimento de incerteza.

E, em momentos como estes, a ansiedade pode entrar em cena e originar decisões nem sempre certeiras, como adiar consultas e/ou exames com receio de se ficar infetado - em abril do ano passado, por exemplo, 74% dos portugueses tinham medo de se deslocar aos serviços de saúde, de acordo com um inquérito do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica.

Em resposta ao Observador, o Cesop esclarece que não têm informação mais recente sobre o assunto. Em 2020, assegura Cocheira, a APPA recebeu vários pedidos de prescrições de um medicamento em particular, Victan 2mg, que chegou a estar indisponível no mercado. "Assim que entrámos em confinamento, as pessoas começaram a disparar com mensagens no Facebook da APPA a solicitar prescrições". A comercialização do medicamento indicado para ansiedade e sintomas nervosos, que estava indisponível desde julho, foi reposta em outubro de 2020. "As pessoas estão a tentar não ir ao hospital, mas procuram outras vias para chegar aos fármacos, isso pode levantar casos sérios de saúde", comenta ainda Cocheira. 

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Sondagem da Universidade Católica para a RTP

Se as eleições legislativas fossem hoje, o Partido Socialista seria o vencedor. A sondagem da Universidade Católica para a RTP e Público conclui que Parlamento continuaria a ter uma maioria de área socialista. A sondagem atribui ao PS 38% das intenções de voto, o Partido Social Democrata consegue 28%, o Bloco de Esquerda regista uma descida, consegue 8%. O Chega é o partido que mais sobe, reúne 6% das intenções de voto.

Poderá rever a peça aqui.

Projeções da Universidade Católica

A projeção da Universidade Católica para a RTP admite a vitória da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/Aliança/MPT/PPM) à Câmara de Lisboa, com um resultado entre os 32 e os 36 por cento, em empate técnico com o atual presidente da autarquia, Fernando Medina (PS e Livre), que poderá contabilizar entre 31 e 35 por cento dos votos. No Porto não há surpresas: o independente Rui Moreira deverá assegurar a continuidade à frente da Câmara do Porto com uma percentagem de votos entre 39 e 44 por cento. Em Coimbra, José Manuel Silva conquista a autarquia ao PS com alguma margem, enquanto Almada volta a escolher a socialista Inês de Medeiros. Nestas estimativas, prevê-se que Santana Lopes conquiste a Figueira da Foz e, na Amadora, os resultados da projeção apontam para a vitória da atual autarca, Carla Tavares (PS).

Carlos Moedas poderá ser o próximo presidente da Câmara de Lisboa e obter entre seis a oito mandatos. De acordo com a projeção da Universidade Católica para a RTP, o candidato da coligação "Novos Tempos" poderá obter entre 32 e 36 por cento dos votos, enquanto o socialista Fernando Medina fica a um por cento de distância, com entre 31 e 35 por cento dos votos. Também poderá eleger entre seis a oito vereadores.

De acordo com esta estimativa, a coligação "Mais Lisboa", composta pelo PS e pelo Livre, fica longe dos resultados de 2017, quando obteve 42 por cento dos votos.

Carlos Moedas, da coligação "Novos Tempos", que reúne PSD, CDS-PP, Aliança, MPT e PPM, consegue desta forma melhorar os resultados do PSD e do CDS-PP se estes tivessem concorrido juntos em 2017 (30,81 por cento).

Segundo a projeção da Católica para a RTP, a Coligação Democrática Unitária (CDU), liderada por João Ferreira, obtém entre 10 e 13 por cento dos votos, números que ainda não asseguram o segundo vereador.

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Legislativas 2022: Que Governo para Portugal?

Na sequência das legislativas de 2022 que ditaram maioria absoluta do Partido Socialista, mas também um crescimento da direita e uma perda de eleitorado à esquerda. Comentários de Ricardo Ferreira, diretor do Centro de Estudos da Católica Sondagens; Pedro Delgado Alves, antigo vice-presidente do PS ; David Justino, vice-presidente do PSD; Susana Peralta, professora de Economia; Manuel Carvalho, diretor do jornal "Público"; Miguel Poiares Maduro, militante do PSD.

Veja aqui o comentário de Ricardo Ferreira, Diretor do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP).

Inquérito nacional vai avaliar competências de adultos. Saiba o que é e como vai funcionar

Quem organiza este inquérito?

A Universidade Católica foi a entidade escolhida para conduzir este inquérito, no âmbito do Programa de Avaliação Internacional das Competências para Adultos (na sigla em inglês PIAAC).

É um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com o apoio do governo português.

Quem é o público-alvo?

Vão ser feitas mais de cinco mil entrevistas a pessoas entre os 16 e os 65 anos, em todo território nacional, sendo os participantes escolhidos aleatoriamente. O objetivo é ter uma amostra representativa da população.

Artigo completo disponível na Renascença.

Sondagem da Católica. Aliança Democrática venceria hoje as eleições legislativas

A pouco mais de um mês das eleições legislativas, a Aliança Democrática (AD) passa para a frente nas intenções de voto. É o que revela uma sondagem da Universidade Católica para a Antena 1, RTP jornal Público.

Pode ver aqui.

Eleições legislativas

Ricardo Ferreira Reis, Diretor do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica Portuguesa, foi um dos convidados do programa É ou não é? da RTP 1, no dia 27 de fevereiro de 2024.

Pode ouvir o comentário de Ricardo Ferreira Reis aqui.

Projeção da Católica. PSD à beira da maioria absoluta na Madeira

O PSD está à beira da maioria absoluta na Madeira. A projeção da Universidade Católica para a RTP dá ao PSD entre 41 a 46% dos votos, ou seja, entre 21 a 24 deputados, o limiar para a maioria absoluta. A confirmar-se, será a quinta vitória de Miguel Albuquerque. Pela primeira vez, o JPP surge à frente do PS, que está colocado em terceiro lugar nesta projeção.

De acordo com a projeção, o Partido Social Democrata poderá ter entre 21 a 24 deputados no Parlamento Regional.

Artigo completo disponível na RTP Notícias