João Borges de Assunção: "O teletrabalho"
O entusiasmo inicial em torno do teletrabalho, impulsionado pela pandemia, rapidamente cedeu lugar a uma análise mais crítica. A evidência sugere que o teletrabalho, embora ofereça flexibilidade, nem sempre se traduz num aumento da produtividade e pode, inclusive, gerar perdas significativas em diversos setores.
Convém começar por dizer que é difícil definir o que é o “trabalho.” Nos casos em que há um “output” claro do trabalho, que até pode ser vendido ou transacionado, o resultado do trabalho é fácil de observar.
A produtividade no trabalho é a relação entre resultado e esforço. Em muitas situações práticas ambas são difíceis de medir. Por isso é difícil medir a produtividade, especialmente em trabalhos criativos. Estar diante do computador não significa que se está a criar valor com o tempo de trabalho. A pandemia mostrou que alguns trabalhos podem ser feitos remotamente, mas outros, como a produção de bens, precisam de contacto pessoal.
Nota: Pode ler este conteúdo na íntegra na edição impressa do jornal de Negócios de 9 de janeiro de 2025.
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