Até ao fim, tudo está aberto para todos. Marcelo receia segunda volta por causa da abstenção

Disse-o duas vezes no mesmo dia: “Basta uma abstenção de 70% para tornar quase inevitável uma segunda volta”. Primeiro no antigo liceu Pedro Nunes, em Lisboa, à tarde, depois no Porto, à noite, conhecida que era a sondagem sobre presidenciais para o PÚBLICO e a RTP.

“Até ao fim, tudo está aberto para todos, está aberta a hipótese de haver uma volta ou duas voltas, e está aberta a hipótese da vitória”, disse Marcelo Rebelo de Sousa à RTP perto da meia-noite, depois de dar uma entrevista ao Porto Canal.

Era o comentário à perda de cinco pontos percentuais de Dezembro para Janeiro na sondagem da Universidade Católica, pontos que podiam fazer toda a diferença. “Há um mês, mês e meio, havia sondagens que me davam entre 60 e 70% e havia uma entre 58 e 59%, eu recordava que há cinco anos pela mesma altura as sondagens davam-me 62% e eu tive 52%. O Presidente Cavaco na reeleição também tinha tido 62% ou 63% e depois teve 52 ou 53%”, calculou.

Ou seja, se a diferença entre intenções de voto e o dia das eleições é de cerca de 10%, os 63% que hoje tem podem concretizar-se em apenas 53%. O problema é o aumento mais que previsível da abstenção. É aqui que diz pela segunda vez: “Basta elevar a abstenção para isso punir os melhores colocados nas sondagens e é tudo muito relativo. Até ao fim, tudo está aberto para todos”.

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