PS subiu, PSD caiu. Estão mais longe um do outro nas sondagens
Se as eleições fossem hoje, o PS vencia com 39% das intenções de voto, 13 pontos acima do que o PSD teria. No entanto, a distância que se alargou face aos resultados das legislativas de Outubro do ano passado não se traduz em maioria absoluta para António Costa.
Os resultados constam da sondagem feita pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica Portuguesa para o PÚBLICO/RTP, entre os dias 13 e 18 de Julho, com 1482 inquéritos válidos.
De acordo com os resultados obtidos, se as eleições para a Assembleia da República decorressem agora, o PS ficava em primeiro lugar, o PSD em segundo, com o terceiro lugar a ser ocupado por dois partidos: o Bloco de Esquerda e o Chega, cada um com 7%. A CDU surgia de seguida, com 6% das intenções de voto, e o CDS, a Iniciativa Liberal e o PAN teriam 3% cada um.
Isto significa que, apesar do momento difícil que o país atravessa por causa da crise pandémica, o partido que está no poder parece não sair penalizado pelos eleitores. Embora noutras dimensões do inquérito da Católica os entrevistados tenham revelado preocupações com o que vai acontecer à economia e ao emprego e antevejam já decisões difíceis 60% não vão fazer férias fora de casa e 66% antevêem que nos próximos dois anos vem aí uma política de austeridade.
“O PS é o partido com mais intenções de voto, mas não o suficiente para a maioria absoluta”, comentam os peritos responsáveis pelas sondagens, acrescentando que o BE, o Chega e a CDU estão em “empate técnico, mas com os resultados desta sondagem a darem ligeira vantagem aos dois primeiros”. CDS, IL e PAN estão também em empate técnico.
Face aos resultados das legislativas de 6 de Outubro de 2019, os autores do barómetro desvalorizam a comparação nos casos em que se registaram “subidas e descidas de dois ou três pontos percentuais”, como aconteceu com o PS (mais um ponto) ou com o PSD (menos três pontos). “Parte destas oscilações serão reais, outra parte poderá dever-se apenas ao erro próprio de qualquer sondagem”, explicam os técnicos.
No entanto, chamam a atenção para o salto do Chega: “A subida do Chega destaca-se das demais oscilações. Trata-se de um partido que elegeu um deputado em Lisboa (...) O PS subiu pouco em relação às legislativas de 2019 mas o PSD caiu. A maior parte dos inquiridos acha que seria difícil fazer melhor do que o Governo na resposta à covid-19 e que nesta sondagem aparece com a dimensão eleitoral de partidos como o BE ou a CDU”. Os peritos lembram que “sondagens são sondagens”, mas que os dados deste inquérito mostram inequivocamente que este é o partido que mais está a crescer nesta legislatura”.
Se, por um lado, o PS avança face às legislativas, por outro lado, o PSD recua. Além da descida, a estratégia de Rio parece não estar a ser valorizada pelo eleitorado PSD já que apenas 41% dos inquiridos que dizem votar PSD consideram que outro partido faria melhor do que o actual Governo tem feito.
Além disso, 66% dos inquiridos acham que o Governo tem tido um bom desempenho e, na resposta à pandemia, 42% consideram que o primeiro-ministro tem tido uma boa actuação.
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