5 Livros de Autores Portugueses para ler no Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor
Hoje comemora-se o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor e nós pedimos ajuda a uma especialista na matéria.
Mais uma vez, desafiámos a Marta Cravo, da Livraria da UCP, a partilhar cinco livros de autores portugueses. Mais uma vez, ela aceitou e o resultado foram cinco livros de "5 autores portugueses dos 31 aos 60 anos".
1. e a noite roda
Alexandra Lucas Coelho
Tinta-da-China
Conhecemo-la primeiro como jornalista em grandes reportagens e discussões sobre política internacional. Mais recentemente estreou-se como romancista num livro lindíssimo que congrega a ficção com a sua experiência de viagens numa bonita história de amor que tem Jerusalém como palco.
Vale a pena ler este livro acompanhado com a banda sonora que ALC aconselha.
2. Depois de morrer aconteceram-me muitas coisas
Ricardo Adolfo
Alfaguara
Mentiriamos se dissessemos que não escolhemos os livros pelas capas ou pelos títulos. Só por este título, Ricardo Adolfo, merecia um prémio.
O assunto deste romance é sério. Explora a situação dramática em que vivem imigrantes ilegais portugueses. A escrita é leve e a tragicomédia, sublime.
3. Estranha Guerra de Uso Comum
Paulo Faria
Ítaca
Paulo Faria é, em primeiro lugar, um excelente tradutor. Mas como lhe é exigido pela profissão, é também um excelente escritor.
Neste seu primeiro romance pseudo-autobiográfico encontramos um estilo de escrita ao nível dos melhores contadores de histórias. Leva-nos até às sequelas da guerra colonial que tão próximas estão (ainda) de todos nós.
4. O Baile
Nuno Duarte (argumento), Joana Afonso (arte)
Kingpin Books
Nas nossas bibliotecas não devem faltar bons livros de banda desenhada. Este ganhou há uns anos um prémio no Amadora BD e só a ilustração vale por tudo. Dois artistas novos que constroem uma história de terror que se desenrola em 1967 aquando da visita do Papa Paulo VI a Portugal.
5. Caras Baratas
Adília Lopes
Relógio d'Água
Não é possível não ficarmos bem dispostos com a poesia da Adília. Podemos lê-la em camadas: os poemas que reconhecemos de letras de músicas, os que parecem tão disparatados que só nos fazem rir ou aqueles que, ainda que tão curtos, nos põem a reflectir sobre a imensidão do mundo.
Como Herberto Hélder, também Adília Lopes tem uma relação peculiar com a edição das suas antologias, mas esta tem, de longe, o melhor título.