“Não podemos ficar indiferentes”: Católica lança Ciclo de Conferências sobre os ODS
“A Universidade Católica Portuguesa é uma instituição profundamente comprometida com a sustentabilidade”. Foi com estas palavras que Margarida Mano, Vice-Reitora da UCP, lançou o Ciclo de Conferências sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), no dia 23 de março.
Com o objetivo de liderar pelo exemplo no cumprimento da Agenda do Desenvolvimento Sustentável, a Católica realiza durante o ano de 2023 um Ciclo de Conferências sobre os ODS, focando as dimensões Ambiental, Social e Económica.
“Podemos olhar para o mundo com duas lentes: focar-nos em todos os problemas que existem, ou olhar para o mundo com a lente da esperança e da transformação que podemos fazer”, referiu Filipa Pires de Almeida, Diretora Adjunta do Center for Responsible Business and Leadership.
A investigadora, especialista em estratégias sustentáveis para as empresas, explicou que “os ODS são uma agenda que nos ajuda a olhar para a outra face do mundo, para o futuro. São a agenda mais completa, e a única linguagem universal que temos como humanidade para nos conduzir ao outro lado do globo.”
Lançada em 2015, esta agenda inclui 17 ODS, acordados entre 179 Estados, empresas e Organizações Não Governamentais, com a meta de 2030 como prazo para alcançar estes objetivos. Porém, para Mónica Dias, docente da Cadeira sobre o ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes, “o que interessa não é se vamos alcançar esta meta em 2030, mas sim que estamos a agir”.
A docente e Vice-Diretora do Instituto de Estudos Políticos destacou que “estes objetivos são uma espécie de farol, de horizonte, de expectativa, para o futuro do planeta e da humanidade”.
Também presente na conferência, Sofia Monteiro, Presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito da UCP, em Lisboa, falou das problemáticas do ensino superior em Portugal e dos ODS que mais impactam os estudantes: a educação de qualidade, a igualdade de género, a ação contra a mudança global do clima e paz, justiça e instituições eficazes.
“Fazemos parte da solução, como líderes do futuro”, disse sobre todos os jovens. A aluna de Direito sugeriu que, para os jovens contactarem mais diretamente com os ODS, devem começar a partir do início da licenciatura, com projetos práticos, nas suas diferentes áreas de estudos.
No encerramento da conferência, Filipe Santos, Dean da Católica Lisbon School of Business and Economics, lembrou que “ter esta agenda é fundamental” para que a ação dos indivíduos, empresas, universidades e governos vá além daquilo que é “confortável”.
“Não podemos ficar indiferentes aos desafios que existem no mundo e temos de assumir a nossa responsabilidade”, concluiu.