Arménio Rego: "Perigos da Moralização do Amor ao Trabalho"
Amar o trabalho resulta em vários benefícios. Quando amamos o que fazemos, experienciamos mais satisfação. Somos mais desejosos de aprender. Empenhamo-nos mais nas tarefas e somos mais perseverantes, o que aumenta as probabilidades de sermos bem-sucedidos e, desse modo, progredirmos em termos remuneratórios e de carreira. Somos porventura mais apreciados por colegas e superiores, o que nos permite aceder a condições vedadas a quem não ama o trabalho. Todavia, este resultado virtuoso pode vir acompanhado de “efeitos colaterais” danosos.
A pessoa amante do trabalho negligencia outras facetas importantes da sua vida, inclusive a dimensão pessoal e a familiar. Absorta pelo trabalho, pode descurar a saúde e desenvolver burnout. Entusiasmada pelo que faz, ignora outras oportunidades que poderiam conduzir a melhor salário e mais bem-sucedida carreira. A pessoa pode ainda ser alvo do comportamento oportunista e manipulador da empresa – que procura entusiasmá-la com o “salário emocional” (resultante da paixão que o trabalho suscita) em detrimento do salário substantivo.
Artigo completo disponível na Revista Líder.
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