Francisca Guedes de Oliveira: ‘I hope the Russians…’
Em meados da década de 80 Sting lançou uma música que marcou a minha geração: “I hope the Russians love their children too”. O pressuposto era que a ameaça de destruição mútua via guerra nuclear, entre o Ocidente e os países da cortina de ferro, só não passaria de uma ameaça se os russos, tal como supostamente os ocidentais, quisessem garantir um futuro para os seus filhos.
Na guerra que estamos a assistir em direto, a questão que se coloca é um bocadinho diferente, mas ainda assim toca na ideia de valores partilhados. Já não só a vontade de preservar o mundo para as gerações futuras, mas valores económicos e materiais.
A globalização das últimas décadas, com a consequente partilha de interesses comerciais e financeiros por parceiros improváveis, tornou difícil imaginar um mundo em que um desses parceiros fica completamente isolado.
Vejamos: a Alemanha e a Holanda juntas representam, para os russos e em termos de comércio internacional, mais do que a China (seu principal parceiro comercial). Em conjunto, estes dois países europeus absorvem quase 50% das exportações russas. Em contrapartida, cerca de 40% das importações da Rússia vêm precisamente desses mercados.
Artigo completo disponível no Jornal Económico.
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