Susana Costa e Silva: "Desafios da digitalização na saúde"

O novo paradigma da transformação digital apresentou-se nesta década como transversal a todos os setores de atividade, com avanços significativos nalgumas áreas, nomeadamente naquelas com uma forte componente de serviço. Estes avanços foram visíveis em vários setores, desde o retalho ao entretenimento, passando pelos serviços financeiros e utilities.

A facilidade de pesquisa, comparação de alternativas, avaliação de preços, escolha, aquisição, entrega, devolução e até feedback facilitaram sem dúvida o processo de tomada de decisão do consumidor e tornaram a sua jornada de consumo muito mais suave, conveniente e agradável. A assunção destas vantagens parece facilmente reconhecível para as empresas e, no imediato, também para os consumidores.

Porém, nem todos os setores de atividade parecem ter idênticas condições de beneficiar da automação de processos, como por exemplo o retalho, que conheceu por altura da pandemia uma evolução sem precedentes. A saúde, um dos setores mais afetados com a crise pandémica, parece, à partida, ter mais dificuldade em adotar tecnologias que limitam o contacto, no mesmo espaço físico, com o prestador de serviços.

Artigo disponível no Jornal Económico.