Arménio Rego: "Educar e formar sobre má liderança"
«O progresso económico ocorrido nas últimas décadas beneficiou desproporcionalmente uma pequena elite, evidente nos ultrajantes pacotes compensatórios atribuídos aos executivos de topo. Os líderes populistas têm explorado astutamente esta grande ansiedade para alcançar vantagem eleitoral. (…) Na sua essência, a ascensão dos partidos populistas pode ser vista como o resultado de votos de protesto de pessoas que se sentem ignoradas e desprezadas.» O autor do argumento não é um radical anticapitalista. É Manfred Kets de Vries – reputado académico, psicanalista, consultor e professor no INSEAD, a escola de negócios de Fontainebleau, em França. Eis o elucidativo título do livro em que o argumento é exposto: «O lado mais negro da liderança: pitões devorando crocodilos.»
Barbara Kellerman, professora em Harvard, também vem argumentando que, nas economias modernas caraterizadas por grandes desigualdades, baixa equidade e escassa segurança, a atração por líderes destrutivos é grande. Por líderes destrutivos entendam-se os que cavalgam sentimentos de insegurança e injustiça das pessoas para manipulá-las, alcançar dividendos eleitorais e obter posições de poder.
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